Reza a sabedoria militar
oriental – exemplificada em figuras como o poderoso senhor da guerra Takeda
Shingen, líder feudal japonês do século XVI, personagem do clássico Kagemusha,
de Akira Kurosawa – que um grande exército deve ser impassível como uma
montanha, e como tal não se move.
Acho que a mesma metáfora caberia bem à trajetória e ao transe atual daquele que, em números – mas certamente não em estatura, consistência programática ou credibilidade – é ainda o maior partido do Brasil.
Uma vez que assim como no
filme do genial cineasta japonês – em que o desmascaro do sósia-impostor que
ocupa o lugar de Shingen, morto, conduz o herdeiro deste a se precipitar fatalmente
no campo de batalha –, o interino da nossa presidência parece ter cometido erro
similarmente grave, com seu grande e pesado partido, ao deixar os bastidores do
grande teatro político nacional e aventurando-se no proscênio: moveu-se.
Resta saber se o destino da nossa "montanha" será o mesmo, ou comparável, ao do clã Takeda, no filme de Kurosawa.
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