segunda-feira, 6 de junho de 2016

A montanha


Reza a sabedoria militar oriental – exemplificada em figuras como o poderoso senhor da guerra Takeda Shingen, líder feudal japonês do século XVI, personagem do clássico Kagemusha, de Akira Kurosawa – que um grande exército deve ser impassível como uma montanha, e como tal não se move. 

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Acho que a mesma metáfora caberia bem à trajetória e ao transe atual daquele que, em números – mas certamente não em estatura, consistência programática ou credibilidade – é ainda o maior partido do Brasil.
Uma vez que assim como no filme do genial cineasta japonês – em que o desmascaro do sósia-impostor que ocupa o lugar de Shingen, morto, conduz o herdeiro deste a se precipitar fatalmente no campo de batalha –, o interino da nossa presidência parece ter cometido erro similarmente grave, com seu grande e pesado partido, ao deixar os bastidores do grande teatro político nacional e aventurando-se no proscênio: moveu-se.
Resta saber se o destino da nossa "montanha" será o mesmo, ou comparável, ao do clã Takeda, no filme de Kurosawa.


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