sexta-feira, 2 de abril de 2010

Justiça tardia

Diz um velho ditado que a justiça tarda, mas não falha.
Para Santa Cruz e Botafogo a justiça demorou quase 180 minutos: os noventa da primeira partida, em Recife, há coisa de duas semanas - quando o Bota venceu injustamente por 1 x 0 - mais os quase noventa de hoje, até que o terceiro gol do time pernambucano decretasse a verdade clara e cristalina para quem quer que tenha acompanhado as duas partidas pela Copa do Brasil. Se alguém realmente merecia seguir adiante na competição não era a irregular equipe de Joel Santana, e sim o bem armado time nordestino. O empate classificava o Fogão, mas qualquer torcedor alvinegro, até mesmo o mais inexperiente, sabia que não dava para ficar tranquilo com o placar de 2 x 2, do jeito que o Santa seguia atacando, e encontrando espaços para finalizar, ao passo que os cariocas cometiam o mesmo erro de sempre: chutão pra frente, intranquilidade e incapacidade de tocar a bola - principalmente no ataque -, de enervar e envolver o adversário, gastando o tempo e esperando a oportunidade certa de liquidar a fatura.
Não.
Como de hábito, faltou inteligência ao Botafogo.
Lembrar que muito mais do que com os pés e o coração, futebol se joga com a cabeça. E não exatamente a sempre acionada - e nem sempre salvadora - do Loco Abreu.

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